keskiviikkona, joulukuuta 19, 2007
tiistaina, joulukuuta 18, 2007
maanantaina, joulukuuta 10, 2007
Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.
Desculpem qualquer coisinha, a verdade não me interessa, a certeza não me vale e o conto esse… …é meu!
Cagaréus e Ceboleiros
Ponto feito por Pedro Coutinho
Por alguma razão nada aparente, nós, os orgulhosos e másculos lusos, gostamos de chamar a tudo e a todos carinhosos nomes e alcunhas. Elas são as Mariazinhas, as Anitas ou Aninhas, a casinha ou a caminha, a joaninha ou o joãosinho e até o Coutinho. Há também os Tozé, os Mané ou os Cajó.
É compreensivel. Se eu por ter nascido em algum canto deste mundo, e por essa condicão, tivesse que me apresentar como António José, preferiria Tozé, ou Alfacinha em vez de Olissiponense (prefiro todavia PORTISTA a tripeiro).
Há no entanto um nobre povo da Isgária que vive num dilema ancestral. Cagaréu ou Ceboleiro? Hálito a cebola ou olor a… “ria” ? Estou a ser mauzinho, mas a verdade é que a Isgária Augusta não produziu nenhum nome para as suas gentes (os índios segundo o meu isgário pai), daí que não me preocupe.
A Aveiro dos Cagaréus e Ceboleiros era uma pequena urbe numa também pequena “coisa” (não sei se me atrevo a chamar-lhe colina) e atravessada pelos canais da ria. Do outro lado estavam as cabanas dos pescadores, as marinhas de sal e algumas feiras.
Segundo a lenda cada lado do canal central teria um nome para os seus nados, respectivamente os dois do titulo. Não me perguntem qual é qual, tenho teorias para as duas versões. Mas afinal o que importa é porquê Cagaréu ou Ceboleiro.
Alguma coisa me escapa, mas a verdade é que Aveiro tinha (e reproduz actualmente) uma bem sucedida “Feira-das-Cebolas” E PUM! Temos a primeira tese. A feira situava-se de um lado e daí vinham os Ceboleiros. Fácil.
Isto explica também porque Aveiro foi assolada por diversas pestes mais ou menos negras, mas nunca, NUNCA, atacada por uma manada de vampiros. (Ou será que eles só não gostam de alho? Agora que penso... os franceses sim que entraram por Aveiro-a-dentro.)
A estória dos Cagaréus é um pouco mais complexa, exige conceitos mais evoluidos e um profundo conhecimento da epopeia marítima portuguesa.
Para além da Ria, dos Ovos-Moles e do CDS-PP, Aveiro é a reconhecia pátria dos moliceiros, umas embarcações longas e estreitas de vela quadrangular conduzidas com um vara pau e com ilustrações porno-eróticas na proa. Para quem não sabe a proa é a parte da frente, enquanto a ré é a parte de traz.
A mitologia dos cagaréus está fundada na ré dos barcos moliceiros. De acordo com os antigos esses “Aveirenses” nasciam nos barcos (precisamente na ré, onde aliás há um sitio para sentar), viviam nos barcos e morriam nos barcos. No entanto a acção que lhes define o nome tem a ver com um buraco existente na ré e usado para fertilizar a ria. Assim sendo, Cagaréu deriva do português “Caga na ré”.
Bem, como este conto não é badalhoco suficiente aceito sugestões para o próximo:
- De Porcalhota a Amadora (eng. From dirty to amateur.)
- Até a Real Barraca Abana (eng. Shaking the Royal tent.)
- A estória do Galo de Barcelos (eng. The big rising black cock of Barcelos.)
Votem! E voltem sempre.
P.S. Agora a sério.
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